Arquivo mensais:abril 2021

ATIVIDADES DE FORMAÇÃO 2021.1

Giorgio de Chirico, "Melancholy of a Beautiful Day" (1913)
“Melancholy of a Beautiful Day”, 1913, de Giorgio de Chirico

Nesta cidade do Rio
De dois milhões de habitantes
Estou sozinho no quarto
Estou sozinho na América.

Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
Anunciou vida a meu lado.
Certo não é vida humana,
Mas é vida. E sinto a Bruxa
Presa na zona de luz.

TRECHO DO POEMA “A BRUXA”, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

A CLIO – Associação de Psicanálise convida toda comunidade interessada às atividades de formação realizadas no primeiro semestre do ano de 2021. Diante do contexto da pandemia do coronavírus, as atividades da CLIO estão organizadas em seminários de formação, seminários clínicos e grupo de estudos em modalidades remotas, via plataforma do Google Meet.

INFORMAÇÕES
Os seminários ocorrem semanalmente às terças e quintas, das 20h às 22h.
O grupo de estudo ocorre quinzenalmente às quartas, das 19h às 20:30.
Período das atividades: Abril/2021 à Junho/2021
Início: 13 de Abril de 2021

INVESTIMENTO
– Estudantes de Graduação: 3x R$ 180,00
– Profissionais: 3x R$ 220,00

FORMAS DE PAGAMENTO
Depósito bancário:
BANCO BRADESCO
CLIO – Associação de Psicanálise
Agência 1234-5
Conta: 62555-8
CNPJ: 09.042.678/0001-01

INSCRIÇÕES
Quem desejar se inscrever, enviar email com dados (NOME COMPLETO, CPF, EMAIL, NÚMERO DE CELULAR E, SE FOR O CASO, COMPROVANTE DA SITUAÇÃO DE “ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO”): cliopsicanalise@gmail.com
Ricardo Pinheiro (85) 98702-6898
Thiago Costa (85) 99152-5535

SEMINÁRIOS DE FORMAÇÃO

AS DIMENSÕES TRÁGICAS DO FANTASMA NO DISPOSITIVO CLÍNICO

Responsável: Henrique F. Carneiro

Para seguir as dimensões do fantasma e sua relação com  o trágico no contexto do dispositivo clínico, o seminário seguirá as dimensões do real e a função da repetição e do trauma para o sujeito. Com isso, o seminário dará sequência a discussão sobre o real como ponto fundamental do fantasma, seu tempo de irrupção no simbólico e a construção que o sujeito tenta escrever a partir do real que não cessa de não se escrever. O modelo a ser seguido é o grafo do desejo, como iniciado no semestre anterior.

O LAÇO SOCIAL MELANCOLIZADO E A DESTITUIÇÃO SUBJETIVA

Responsável: Ricardo Pinheiro

O seminário anterior intitulado “Da angústia ao distanciamento – que se perde nessa dimensão?” se propôs a uma articulação entre a noção de angústia, pensada a partir de Freud e Lacan, e os efeitos do real da pandemia na subjetividade. Do questionamento, a atividade do atual semestre aponta para a discussão sobre o “indivíduo insuficiente” ou “Homo melancholicus“, este que em termos mais próximos da psicanálise pode ser concebido como sujeito desafetado – aquele fragilizado na sua condição desejante. Essa proposta almeja avançar, levando em consideração a hipótese de uma base melancólica na constituição do psiquismo, na construção de um saber sobre uma certa melancolização da posição subjetiva e uma autonomização do pulsional de morte.

A NARCOSE CONTEMPORÂNEA E O REAL DA PANDEMIA – OS AFETOS DE ÓDIO

Responsável: Thiago Costa

Quais os efeitos da pandemia para o sofrimento psíquico e a produção de sintomas? No semestre passado, situamos a emergência da narcose psíquica do sujeito articulando os conceitos de masoquismo e pulsão de morte em Freud e gozo em Lacan. Os mitos de Narciso, Antígona e O Banquete, nos serviram de aporte para a delimitação de tal posição primitiva constituinte do psiquismo. Deste modo, iremos dar continuidade aos nossos estudos a partir da referência ao ódio, enquanto primeiro afeto humano, que se articula intimamente ao que sustentamos por narcose contemporânea. A partir de uma prática da Psicanálise em extensão, iremos trabalhar os afetos de ódio desde a ambivalência afetiva, passando pelo odioenamoramento, a atualidade da depressão e do ressentimento, que nos discursos contemporâneos comparecem sob o aspecto da intolerância à diferença no laço social, bem como, suas reverberações psíquicas na clínica, em transferência, diante de nossa realidade pandêmica.

GRUPO DE ESTUDO

LEITURAS SOBRE O INCONSCIENTE EM FREUD E LACAN

Responsável: Fernando Facó

Nosso grupo de estudo será organizado em torno da questão sobre o Inconsciente em
Freud e Lacan. A pergunta “o que é o inconsciente?” é a questão mais genuína,
espontânea, e, por isso mesmo, a mais complexa da psicanálise. O inconsciente é
apontado como o conceito fundamental da psicanálise. Contudo, não se trata de um
conceito que já veio pronto. Tampouco ele se manteve intacto desde o seu
nascimento. Pelo contrário, o inconsciente é um conceito que possui uma história e,
no interior dessa história, uma série de transformações que dão a ele uma
dinamicidade própria. Desse modo, é importante colocar em evidência o processo pelo
qual esse conceito veio ganhando forma com os escritos de Freud, e mesmo após
Freud, a partir da formulação introduzida por Jacques Lacan do inconsciente
estruturado como uma linguagem. A proposta do grupo consiste em compreender as
bases do conceito de inconsciente em Freud e Lacan para que, assim, possamos
retomar os fundamentos da psicanálise.